me sento no centro da sala e começo a tecer teias. me boto mole.
- quer conversar?

curvo o corpo e fico toda cheia de passado.
ela levanta de mim e pergunta, firme, dura, toda pedra:
- mas por que? porque você foi pra esse lugar de novo? não estávamos aqui no balanço racional do presente, na divisão de tarefas, não estávamos aqui, afinal de contas, equilibrando balanças, fermentando textos, sendo duas três quatro adultas que levam até o fim as coisas. que desconstrói reconstrói funda e mina afetos em looping? levante daí agora e vá escrever.

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