ela me embalou naquela rede velha e me contou as histórias de mar que eu sabia de cor. me contou de coisas que vivi e não me lembrava, a não ser nesse reviver que a contação ativava. inebriante vai e vem feito o saveiro de chico, um corpo rasgando o mar cheio de lembranças, cheio de magias tatuadas nele. era um martírio dixavar as ilusões como ela me obrigava sempre a fazer.
- não tenha, minha filha
não tenha mais uma ilusão
algo que te tire o ar
que te inche os braços (os teus que são saudosos, diz ela)
nunca mais beba esse copo da paixão, filha.
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