sertão, o lugar mais perto da morte onde se chega. leio isso nos olhos dos irmãos adotivos e seus relatos retirantes. mesmo quando ausentes, leio nos olhos. me vem matogrosso e reaparece, como se forjasse essa vontade de rio. ele vem numa canoa e posso ver o vento batendo-lhe no rosto. é quando balbucia: - gerais, os ventos são gerais. deslembra da viagem que não cessa. continua, continua, continua. para respirar, deter-se nas coisas simples. no gesto do agora, uma pequena pausa, uma palavra que acontece e nos abandona logo em seguida. o terminal 2, muito pequeno, fácil de circular. por que tudo precisa ser grande? por que tudo precisa ser tão? estaciona azul o avião. letras verdes. quero rio. ê mar, é vem. querências que não precisam acontecer se não dentro da gente. realizar não é o fim, o sonho é sopro, é vento. entendamo-nus. entendamos o norte.

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