esquina por esquina. atravesso o moinho do mundo. me repartindo, me dissolvendo. ossos, cartilagens, músculos. revirando água.
- é isso estar na terra?, me pergunta caoiá, de passagem pelo sertão. dentro de casa.
- não sei. não sei se é mais deserto. pode ser mais um não dizer. o silêncio que não é vazio. pelo contrário.
- sei desses silêncios, completa logo em seguida mas como pode ser água no deserto?, a outra continua em 4 mãos. grito de dentro do birô: - feito chuva no sertão. ela desenha um a tirinha. eu imagino coisas. rosa faz dos quadris um moinho e dança sem parar. caioá assobia, com balão de nuvem, tô me guardando pra quando o carnaval chegar. 

 


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