eu adormecia quando ouvi o grande estrondo que depois descobri que vinha da cozinha. foi questão de segundos. o estrondo, a interrupção do sono, a corrida. rapidamente levantei seguindo seus ruídos e a avistei correndo (naquele meu descuido) janela afora. foi questão de segundos que se fixou na minha memória (e ficou) aquela cena toda de um caminho de açúcar na direção da janela baixa do bangalô. foi uma questão de segundos porque eu pulei a janela e corri atrás dela até a praia. percorremos uma longa faixa de areia até ela se agarrar à prancha, retornar ao trampolim.  me agachei por perto - mas não muito - ofegante e derrotada. ela me olhou fundo e me disse: você não vai conseguir me prender aí, dentro de você. 

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