para além do puro protocolo.
já se passaram mais de cem páginas, um punhado de cabelos brancos e mais de mil leões. alô, cachorros do meu brasil, nada de raiva. mordidas só de carinho. sem medo de dizer, cara pintada, vamo lá, com poesia nos olhos. que o fogo tá na rua e o ano é pouco para nós. é vem ela aí outra vez. vamos tomar banho de mar, meus queridos, vamos de sal. que o açúcar endoidece as gentes.

abraçar e agradecer

a moça da lata me coreografa uma vida. carne viva. essa que pulsa. tudo ficou muito pior quando tivemos que desacreditar nos outros, esconder nossa voz dentro do armário, colocar o corpo todo dentro de uma gaveta, de uma calcinha. não vamos fingir que nada está acontecendo, não vamos acreditar muito no que nos acontece. créditos e débitos. o corpo mordido, levado um pedaço. nossa obsessão. sim, é óbvio, meus amigos, claro claro está tudo fora do lugar, mas como acreditar no tempo sem futuro, no tempo do agora, no tempo da paixão. - quem criou o tempo do sufoco? necessidade vontade desejo? o peito acabrunhado?
ah, não, sem esse moedor, mundo, sem esse violão. vida leve nas folhas das gentes. ar vóres matas de dentro de nós. ser tão mar

comecei, começou, de novo.

navegante do acaso. assim sem saber pra onde corre o verbo.
sem premeditar, sem expectativas, sem grandes planos de como caminhar no tempo. essa vida junto dentro fora de casa. o corpo-mundo. nunca igual. permanentemente alterado, abatido pela experiência.

penduro palavras na parede.

1,2,3 testando

o alfabeto é um grande oráculo
jogo com ele.




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