pontos de luz, anjos exterminados, autópsias. eu não sei dizer alto assim, a poesia em alta. fiz isso já alguma vez? quando brincava de amarelinha com as atrizes? acendo um bocadinho de fogo porque de resto é tudo gelo. não me acende em nada a juventude americana. compro passagens, percorro lugares virgens. fiz isso já alguma vez? dezenas, centenas, sempre errando, sempre me repetindo. pecando sempre pelo carinho. nunca pelo ódio. do outro lado da rua, aspiram branco para durar. eu desisto, saio batendo portas, trancando cadeados pra não voltar mais ao antigos lugares da palavra. todo mundo entende, clara, alva, muito legível o cansaço. de resto, querendo aprender, querendo mudar, querendo mudar, querendo mudar, querendo mudar, querendo mudar, querendo mudar, querendo mudar, querendo mudar, querendo mudar, querendo mudar, querendo mudar, oya de mim, na ponta do dedos, oya de mim. abrindo livros ao acaso feito oráculo. eu não sei dirigir seu carro, digo ao moço mais tarde, muito tarde. ninguém me lê mesmo, conjugo qualquer verbo sem concordância. verifico a caixa de mensagens para ver se acendo, mas estou fraca. digo a moça estou só, estou só, viu, não pense não o contrário, não fique bordando caraminholas nesse chapéu. sei, eu sei que sei ficar assim em silêncio.

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