das tolices_
aqui é tar -se _ _
amoitado, o medo na mata. e o tempo, descendo pelo corguinho, ensinando................ que é isso a espera. uma questão de tempo.
sem explicação, ensinava. só de verso era a lição. desses que não se veem. se colam na vida, no passo.
da frieza das pedras. que não esperam, que não morrem.
toca-as.
e não me dizem mais nada que a vida, ali, ela mesma. não me dizem, não me narram.
bordo brisa.
- se for permitido sonhar -
com o armagor do goiás, amar... travez, talvez.
o sol vindo, vindo. tomando o corpo com o cair das horas vespertinas..............
o corpo vindo, vindo. resfriado de pedras.
um moço bruto e doce recosta sob mim. vem, mas não chega. segue uma rota de clichês, uma dramaturgia padrão. um tempo menor, da mesquinhez de minutos, rasga a promessa de felicidade, aquela coisa toda que chamam coisa linda.
vira-se.
escosta sob meu umbigo o seu corpo-pedra, seu corpo-gelo. se resfria e só eu me derreto. muito líquida, muito vermelha.
que prefiro não congelar.
caminho longas horas ao sol, depois de ser concha só.
lado a lado. c o n c h a s ó .
que me abram, leve, se quiserem ouvir o resto da conversa
daquilo que se escorre
livre
mansa
uma sensibilidade água.
"amigo, amigo!", alerto o animal, na mata. um moço, embrutecido. "amigo, amigo!"
nada parece ressoar. nonada. qualquer coisa que já passou. ou vai passar. escorrer. isso que não sobrevive nem a eco.
me esfrio, tempos depois. a pubis sob a terra, temperatura ambiente, quase morna, quase fria.
equaliza-se finalmente com o nada.
muito ar
ar monia
ar menina
que no mergulho tem tudo aquilo de parar de respirar. autocontrole para nadar. medo do rio, beira de mata. correnteza.
vasto e informe
o sertão
......................................................... e uma água que corre
p e l o s p é s d a s g e n t e s........................................................................................................
esse corpo-buriti.
ciliar
eu que me fiz água em pedra de gelo. eu que tornei a ser líquida e crescer na frieza de um corpo qualquer, de um bronco avulso, uma chama de maçarico, me decompus pedra outra vez. giz de mim.
e voltei a narrar o desnarrável modo de rexistir a solidão do sertão, a pagar as contas das palavras, a enfrentar os calabocas, os calabouços da insustentável leveza (sic).
ai que preguiça de me fazer pedra travez.
que meu grito se sair, sai tolo.
por isso um silêncio muito grande.
um vácuo.
não responder.
ser gelo, então?
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