- toda vez que eu mal digo alguma coisa, acontece. me disse a cigana, que era também mãe de rosa. e eu maldisse o amor nos braços de chico, teu pai. mas fique tranquila que quando nasceste eu pedi que iansã te batizasse, lá do alto do sanatório. e que tivesse sempre te soprando da beira. que nunca ficasses como fiquei, tantos anos, esperando. que a vida tivesse movimento, eu desejei com o ventre todo, minha rosa, com o ventre livre. e sempre que vens aqui me visitar, a carta de estrelas me diz que a profecia se cumpriu, disse ela, muito densa.
era quase tempo de armarinhos. era quase tempo de carnaval
dentro das gentes.

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