derramo um copo sob a mesa, para que se apague tudo mais de tinteiro. clara me sussurra um soco no estômago. tudo solto, tiras de papel. lá no fundinho escorre líquido, que é ano das águas. vá na frente, ela diz, eu vou depois. como se bastasse isso, eu corro pro chuveiro para molhar os olhos e os ouvidos e as mãos que escavaram pedras. apunhalo um ovo nas costas bem na marca do biquini. feito veneno, chaga. atravessando outra casca, escorro amarela que nem alvorada. estômago. era que eu ia te chamar pra andar nas cinzas. clara dá pau, como um computador com vírus. escorro os dedos porque são assim os dias de pico. eu sinto muito eu sinto tanto eu nada sinto. socorro. era que eu ia te chamar pra andar nas cinzas, clara.
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