fica botando linha
botando entre
botando ponto.

é qualquer coisa de como as tuas palavras podem ferir, me lembro da voz daquela cigana como um sussurro. ou um sopro. foi uma mania sobrenatural, metafísica de entender a escrita. feito profecia. há tanto tempo não digo que o silêncio faz concha sob o corpo. e tudo mais fala. 
bom dar parágrafo e continuar. registrar qualquer coisa lavável que depois saia com a bucha. é sempre mais seguro fazer uso de tintas laváveis, ela repete. me espanto. desde quando isso não é mais arriscado? desde quando não é mais do risco dizer? no fundo gosto de correr este risco de não sair mais nunca da voz dessas letras. da voz do registro. isso não é prisão. .simples assim, feito cimento. é antes barro porque tem um gesto de mãos, de dedos. tem movimento. tem passo, até.

movediço
isso de mover
o dizer.

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