eu dei a senha, assim, na mão do outro. tava na senha 4 e eu tinha a 18. caiu no chão e eu, distraída, loucamente distraída, dei a senha menor pro rapaz que estava do meu lado. insano, diriam os terapeutas. meu filho estava ao meu lado e eu lhe disse: meu filho, o tempo é o que há de mais sábio. e mesmo sendo você filho do tempo, eu não tenho essa sabedoria. só tem essa lição que eu aprendi: deixar-me ir com o vento. e queria que aprendeste outra: não velejes assim de frente. é ir de encontro com a força da natureza. e ela vai te parar. não podes ir ao sabor do vento e, eu sei, como é gostoso sentir essa fresca no juízo. mas a gente nunca sabe onde vai parar e é preciso saber onde você quer ir, meu filho.
você acredita mesmo nisso?
ainda não.
mas isso aqui não é literatura, entende? por isso, me escute. ouça xangô.

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