eram dezoito. muitos sem nome, outros sem rosto, alguns eu via de muito perto.

o primeiro deles,
na ponta da corda mais perto do mar,
era chico.

chico sempre estava naquela corda
ou
tocando samba no cais
ou
no rastro de alguma sereia.

amoroso
e
descuidado

chico era meu pai,
mas muitas vezes se esqueceu disso.

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